Redatam é um acrônimo para REcuperação de DAdos para Áreas pequenas por Microcomputador.
No contexto do apoio permanente que o CELADE, a Divisão de População da CEPAL, oferece aos países da região e de outras partes do mundo; o desenvolvimento contínuo do software REDATAM se insere para apoiar as tarefas de processamento, análise e difusão de estatísticas e censos, particularmente os Censos Populacionais e Domiciliares e a sua utilização na década atual de censos.
As rápidas mudanças tecnológicas oferecem melhor qualidade e oportunidade na obtenção de bases de dados e os seus resultados finais, e ao mesmo tempo, requerem uma atualização permanente das ferramentas que acompanham estes processos. O CELADE vem se esforçando há mais de 30 anos para equilibrar estas duas realidades com o projeto REDATAM. Graças ao apoio de um grande número de instituições, especialmente o UNFPA.
O programa usa uma base de dados estruturada em uma ordem hierárquica altamente comprimida, contendo milhões de registros de pessoas, domicílios, blocos, ou qualquer outra divisão administrativa de um país. Estes dados podem vir de qualquer combinação de censos, pesquisas ou outras fontes. É possível definir, a partir de uma base de dados, qualquer área geográfica de interesse (como blocos de uma cidade) ou combinações dessas áreas; criar novas variáveis; obter vários tipos de tabulações rapidamente e exportar saídas para outros softwares, como de mapeamento digital, por exemplo.
Entre as melhorias do Redatam7 podem ser mencionadas o uso extensivo do formato XML, que permite uma interconexão com outros softwares, bem como a documentação e a importação/exportação. Esta nova versão também incorpora um novo compilador que facilita a manutenção e a incorporação de novos comandos à linguagem de programação; o suporte Unicode, que permite incorporar outras linguagens; o redesenho completo da interface Redatam Webserver para difusão e processamento online; uma nova arquitetura de armazenamento de dados, que acelera a execução (processa um milhão de registros por segundo) e uma melhoria na apresentação de tabelas definidas pelo usuário.
Entre as inovações está a recuperação do conceito de Workspace, denominado “Projeto”, para facilitar a organização de todos os arquivos (seleções, programas e mapas) e, agora, documentos (imagens, manuais etc.) envolvidos no tratamento de uma base de dados. Outras características novas são os comandos para tabulações (GINI e NTIL); o processamento para Análise (MultiTally), que permite obter várias estatísticas de uma variável não categorizada (por exemplo: renda, superfície de exploração) em um único processo: Casos, Soma, Máximo, Mínimo, Média; e o contrário de uma destas estatísticas para diversas variáveis.
Até a versão anterior, o suporte de variáveis alfanuméricas em REDATAM estava disponível apenas para a obtenção de tabulados. Agora, pode-se trabalhar com estas variáveis da mesma forma que as outras (INTEGER, REAL e BOOL), como em filtros, por exemplo. Um exemplo de sua utilização serão as causas de morte de forma direta. A nova versão também define uma gramática ou sintaxe de programação capaz detectar e visualizar eventuais erros de uso. A atualização ainda permite que existam aplicativos nos diversos idiomas falados na América Latina, como o quéchua, o creole e o guarani, além de línguas de outras regiões como árabe ou chinês, ou ainda, aplicativos feitos sob demanda para um determinado país.
O REDATAM é usado em todos os países da América Latina e do Caribe, em vários países da África e da Ásia, e em alguns países desenvolvidos. Atualmente o REDATAM tem cerca de 1.600 usuários registrados e está presente em instituições de cerca de 80 países. A primeira versão de REDATAM para DOS foi publicada oficialmente em 1987. Todas as versões de REDATAM foram desenvolvidas e mantidas pelo Centro Latinoamericano e Caribenho de Demografia (CELADE, Divisão de População da CEPAL).